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Foto do escritorWanderleia Iris Noa

WEBINAR DESTACA A NECESSIDADE DE INVESTIMENTO NA CIÊNCIA

Atualizado: 14 de jun.


Decorreu a 10 de Fevereiro corrente, um webinar organizado pelo CISM, em colaboração com a Embaixada de Espanha em Moçambique e com a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), subordinado ao tema: Mulheres e Raparigas na Ciência: Desafios e Oportunidades. O evento contou com a participação de duas jovens oradoras que se destacaram em 2022 a nível nacional e internacional no âmbito da pesquisa biomédica e da engenharia, assim como com a presença de representantes do Fundo Nacional de Investigação (FNI), da Embaixada da Espanha em Moçambique e da Parceria Europa-Países em Desenvolvimento para a Realização de Ensaios Clínicos (EDCTP), instituições que promovem a participação da mulher na ciência através de oportunidades essencialmente dirigidas para a formação e a pesquisa.


O evento, contou igualmente com a participação do Presidente da Fundação Manhiça (FM), Leonardo Simão e da Presidente da FDC, Graça Machel, os quais proferiram as notas introdutórias do evento. Nas suas apresentações, ambos concordaram sobre a necessidade de investimento para a promoção da ciência respeitando a igualdade de género, na área.

É preciso que se exija aos nossos governos para que a nossa sociedade faça da ciência um elemento fundamental da sua própria transformação e do seu próprio desenvolvimento

Segundo Graça Machel, é preciso que se exija aos nossos governos para que a nossa sociedade faça da ciência um elemento fundamental da sua própria transformação e do seu próprio desenvolvimento, e isso será possível se o governo desenvolver políticas e metas claras sobre a ciência. “Digo isto porque, tenho a impressão de que não há no país um plano para a formação de cientistas, o qual poderia servir de base para o desenvolvimento das diversas estratégias de desenvolvimento. O que quer dizer, que de acordo com as nossas prioridades estratégicas de desenvolvimento, deveríamos saber dizer que tipo de cientistas o país precisa para gerar sucesso. Havendo esse plano, obrigar-nos-ia como país, a investir na formação desde a base, para que tenhamos no futuro capacidade de manejar e produzir ciência.”


Ainda segundo a activista e defensora dos direitos das mulheres e crianças “os produtores de conhecimento têm que ser uma parte integrante dos planos de desenvolvimento de um país, pois assim, o governo e a sociedade poderão transformar-se numa "sociedade de conhecimento”. Portanto, enquanto não houver investimento adequado correspondente às nossas ambições de crescimento, não poderemos efectivamente transformarmo-nos numa sociedade de conhecimento.”

"Um dos nossos pilares de actuação desde a criação do CISM em 1996 tem sido o desenvolvimento do seu capital humano"

Leonardo Simão (Esquerda) e Graça Machel (a Direita)


Por outro lado, Leonardo Simão, comentou que “para a Fundação Manhiça, entidade gestora do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), não se pode falar de pesquisa sem falar de formação, e por essa razão um dos nossos pilares de actuação desde a criação do Centro em 1996 tem sido o desenvolvimento do seu capital humano, em particular a formação de pessoal investigador. Graças ao esforço feito, o Centro dispõe hoje de uma equipa de trabalho multidisciplinar altamente qualificada e treinada: foram adquiridos ao longo destes anos 113 títulos académicos (62 mulheres, 55%), dos quais 62 Doutorados (56% de mulheres), 47 Mestres (55% de mulheres) e 4 Especialistas Clínicos (25% de mulheres) e estando actualmente em formação 41 jovens (54% de mulheres), dos quais 31 em doutoramento (55% de mulheres) e 10 em mestrados (50% de mulheres)

Foram adquiridos ao longo destes anos 113 títulos académicos (62 mulheres, 55%), dos quais 62 Doutorados (56% de mulheres), 47 Mestres (55% de mulheres) e 4 Especialistas Clínicos (25% de mulheres) e estando actualmente em formação 41 jovens (54% de mulheres), dos quais 31 em doutoramento (55% de mulheres) e 10 em mestrados (50% de mulheres)

Ainda de acordo com Leonardo Simão, “para nós, fomentar a participação das mulheres e raparigas na ciência é crucial, e através deste tipo de eventos, queremos chamar atenção ao governo e a sociedade de uma forma geral, a apostarem na pesquisa e na ciência de uma forma geral, como também, com eventos deste género, as jovens mulheres cientistas têm a oportunidade de partilhar com o mundo seus desafios e oportunidades ao longo do seu percurso a fim de inspirar a sociedade em geral.”

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