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PROJECTO DE CISM ENTRE OS 12 PREMIADOS PARA MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DO AR E O ACESSO AOS DADOS

Foto do escritor: Wanderleia Iris NoaWanderleia Iris Noa


Os 12 premiados são os primeiros de 26 projectos contemplados nesta ronda de financiamento, destinada a fortalecer a infraestrutura da qualidade do ar e impulsionar o impacto a nível nacional na poluição atmosférica em 16 países.


Lançado em 2024 pelo Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EPIC), o Fundo da EPIC apoia grupos e organizações locais na instalação de monitores de qualidade do ar e na disponibilização de dados abertos a algumas das comunidades mais poluídas do mundo. Com mais de 2,9 milhões de dólares de apoio da Open Philanthropy, Alpha Epsilon e outros doadores, a iniciativa busca expandir o acesso a dados sobre a qualidade do ar a um bilhão de pessoas até 2030.


“A opacidade e a falta de dados são os melhores amigos da poluição. A história demonstra repetidamente que dados fiáveis sobre a qualidade do ar são um primeiro elemento essencial para um ar mais limpo e uma saúde melhor”, afirma Michael Greenstone Diretor da EPIC. “Os cidadãos precisam dos dados para se protegerem contra os riscos da poluição atmosférica. E os decisores políticos precisam de dados para desenvolver e aplicar normas de qualidade do ar, para que o progresso possa ser medido ao longo do tempo. Estas organizações têm o poder de lançar esta mudança”, comenta.


Os projectos surgem numa altura em que a poluição atmosférica é reconhecida como o risco número um para a saúde da humanidade, com o Índice de Qualidade do Ar para a Vida (AQLI) da EPIC a demonstrar que o peso da poluição na esperança de vida ultrapassa o da malária, do VIH/SIDA e dos acidentes de viação combinados. Nos 16 países onde os projectos serão implementados, os cidadãos estão a perder um total de 1,7 mil milhões de anos de vida devido à poluição por partículas.


Embora a investigação demonstre que a instalação de monitores de qualidade do ar e a partilha de dados em tempo real com o público em locais com muito poucos ou nenhuns dados conduz a um ar mais limpo, cerca de 40% dos países - muitos dos quais, segundo dados de satélite, são altamente poluídos - não estão a produzir dados abertos sobre a qualidade do ar para os seus cidadãos. Dos 16 países onde os projectos serão implementados, mais de metade não dispõe de dados abertos sobre a qualidade do ar.


Os 26 projectos selecionados irão transformar essa realidade. Desses, 15 são liderados por entidades governamentais e preveem a instalação de mais de 700 monitores de qualidade do ar. Sete dos projectos representarão a primeira iniciativa desse tipo nos seus respectivos países. Além disso, 17 projectos visam a criação da primeira norma nacional de qualidade do ar, actualmente não existe em 13 dos países premiados. Os dados gerados serão totalmente abertos e compartilhados, e a EPIC está a estabelecer uma parceria com a OpenAQ, uma organização sem fins lucrativos, para garantir que essas informações possam ser amplamente utilizadas por cientistas, tomadores de decisão e o público em geral. 

 

Saiba mais sobre o trabalho de Moçambique no projecto da EPIC para a Qualidade do Ar

O Projecto BLAZE (Building an open-air quality ecosystem in Mozambique) do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, liderado por Herminio Cossa, e em colaboração com o Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), pretende aumentar da disponibilidade de dados sobre a poluição atmosférica em Moçambique através de uma monitorização extensiva em áreas urbanas e rurais. Focada na defesa de uma norma nacional de qualidade do ar actualizada e de uma aplicação mais forte, a equipa irá instalar monitores de qualidade do ar que fornecem dados PM2.5 quase em tempo real. Esta informação crucial estará disponível de forma aberta para decisores, investigadores, sociedade civil e o público, facilitando a tomada de decisões mais informada e incentivando o envolvimento da comunidade.


“O projecto BLAZE tem como objectivo aumentar a conscientização dos decisores e do público em geral sobre a importância do ar mais limpo para a proteção da saúde. Queremos que este se torne no centro de um ecossistema aberto de monitorização da qualidade do ar em Moçambique, reunindo todos os dados disponíveis para informar os padrões nacionais de qualidade do ar. Para alcançar esse objectivo,  trabalharemos em estreita colaboração com investigadores, sociedade civil, academia, instituições governamentais e não-governamentais, além de diversas partes interessadas”, disse Herminio Cossa, Investigador Principal do Estudo, CISM.


Nesta primeira fase de implantação, países como Moçambique, Costa do Marfim, Honduras, Líbano, Libéria, Malawi, Nepal, Nigéria, Paquistão e Zimbabwe serão contemplados.


Os 12 premiados fazem parte de um grupo de 26 projectos seleccionados nesta ronda de financiamento, após um processo altamente competitivo, que recebeu 322 candidaturas de 74 países - na sua maioria – a maioria de países identificados como “de maior oportunidade”, devido aos altos níveis de poluição e recursos limitados. Os projectos serão financiados num período de 18 meses, com o objectivo de fortalecer as infraestruturas de qualidade do ar, partilhar dados de forma aberta e gerar impacto significativo na redução da poluição atmosférica em 16 países até 2026.

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