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PREVALECEM AS ALTAS TAXAS DE TRANSMISSÃO VERTICAL

Nercio Machele

Esta, é a conclusão do estudo METRO (METRO (Measuring Final HIV mother to Children Transmission Rates in Rural Southern Mozambique), implementado pelo CISM em parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e o Ministério da Saúde (MISAU), de Outubro de 2017 à Abril de 2018, cujos resultados foram publicados recentemente na BioMed Central, sob autoria de Laura Fuente-Soro, Sheila Fernández, Elisa López-Varela, Orvalho Augusto, Tacilta Nhampossa, entre outros. O estudo, tinha como principal objectivo, estimar a taxa final de transmissão vertical do HIV após a interrupção do aleitamento materno no distrito da Manhiça no período entre 2012 e 2016.


Dados actualmente disponíveis no website do Conselho Nacional do Combate ao HIV/SIDA, indicam que em 2018, 2.184.626 pessoas viviam com HIV em Moçambique dos quais, quase 123 mil eram mulheres grávidas que viviam com HIV. Os dados do SPECTRUM (Spectrum é o modelo epidemiológico usado em Moçambique para estimar indicadores-chave da epidemia do HIV) revelam ainda que, a taxa de transmissão vertical no final do período de amamentação era de 15%. Entretanto, as taxas finais de transmissão vertical após a interrupção da amamentação não estão disponíveis.


Segundo Laura de La fuente, Investigadora no CISM e no ISGLOBAL, “a obtenção das informações acerca das taxas de transmissão vertical após a interrupção da amamentação, é um desafio devido à baixa retenção na cascata de cuidados de PTV (prevenção da transmissão vertical)”. Ainda de acordo com a Dra. Laura, “embora a amamentação prolongada seja comum em Moçambique, não temos informações confiáveis sobre a duração da amamentação entre lactantes e crianças expostas ao HIV. A fim de começar a avaliar o impacto dos esforços de PTV até o momento e obter informações de base para melhorias adicionais dos programas de PTV, é urgente e necessária uma avaliação programática para medir as taxas de transmissão vertical após a interrupção da amamentação em Moçambique”.


Neste estudo, foram selecionadas de forma aleatória, na base de dados de vigilância demográfica, crianças que nasceram nos 48 meses prévios a data da seleção e posteriormente entrevistadas as mães ou cuidadores primários dessas crianças no domicílio. Durante a entrevista, foi colhida informação acerca do status de HIV da mãe e dos seus filhos através da documentação como cartão de saúde da criança e caderneta da mulher ou pela realização de testes de HIV recomendados de acordo com a idade. E constatou-se que a prevalência de HIV nas mães foi de 37,6% (95%CI:35,8%-39,4%), e esta prevalência aumentou de acordo com o incremento da faixa etária de cerca de 8% nas adolescentes até 43% nas mulheres com idade superior a 35 anos.


Ainda de acordo com os resultados do estudo, colectados no distrito, a prevalência da transmissão vertical ajustada do HIV durante o período do estudo foi de 4,4% (95% CI:3,1%-5,7%), a taxa de novas infeções pediátricas foi estimada em 1654/100.000 nados-vivos. A cobertura de testagem de HIV nas crianças exposta foi de cerca de 96,0%. No entanto, apenas 69,1% foram testados precocemente (menores de 2 meses de idade).

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