“Para além das carreiras médicas propriamente ditas (com especialidades e outras) queremos abrí-los a mente para a carreira de investigação, que, para muitos, têm considerado uma miragem e não a primeira opção”, Dr. Pedro Aide, Director Científico do CISM, proferindo o seu discurso durante a palestra sobre "Oportunidades de Desenvolvimento de Carreia Médica e Científica no Centro de Investigação de Saúde de Manhiça (CISM)" realizada no dia 19 de Setembro, na Faculdade de Medicina (FAMED), no âmbito da Semana Intercalar que teve como lema “Ensino da medicina em Moçambique: progresso e desafios para uma formação médica de excelência”.
O principal objectivo da palestra foi dar a conhecer aos estudantes, médicos, estagiários, docentes e outros profissionais de saúde sobre as diferentes oportunidades de trabalho, pesquisa e formação que o CISM oferece, trazendo como exemplos uma investigadora sénior, Dra. Esperança Sevene, e uma júnior. Lídia Nhamussua, que partilharam suas experiências de trabalho e carreira no CISM.
“Foi uma experiência nova para mim ao longo destes anos de carreira poder me dirigir a estudantes e partilhar um pouco daquilo que foi a minha caminhada desde quando entrei para o CISM, destacando os ganhos e desafios. Pelos retornos que recebi logo após a palestra acredito que tenha inspirado, de alguma forma, aos estudantes alí presentes à buscarem pelos sonhos e objectivos sem desistir, pois, desafios são parte da jornada e podem se tornar oportunidades para maior crescimento”, disse Lídia Nhamussua, investigadora do CISM.
Sobre as oportunidades e desafios que os jovens têm actualmente, Lídia considera existir oportunidades bastante atractivas para se fazer carreira, porém, existe a necessidade de conhecer e alinhar habilidades que os jovens vão adquirindo durante a formação a essas oportunidades para um melhor aproveitamento. “Não são todas instituições que permitem que os jovens comecem do zero. É importante que os jovens busquem ainda durante o período de formação oportunidades de aquisição de habilidades em cursos profissionalizantes, línguas, estágios, programas de desenvolvimento e voluntariado, etc. Isto é o que certamente fará um diferencial na construção e encontro das oportunidades certas de carreiras”, acrescentou a investigadora.
Por sua vez, o Director Científico do CISM, acredita ter elucidado aos participantes das oportunidades da carreira médica, pois, o retorno, segundo Aide, foi positivo logo no final do evento. “Esperávamos atrair interesse dos melhores estudantes e médicos pela pesquisa e abrir portas à possibilidades de trabalho e formação no CISM”, concluiu.
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