Foi realizado na última no dia 29 de Setembro, uma cerimônia de lançamento do Projecto Ensaios de Excelência da África Austral- TESA III, que contou com a presença de parceiros de cooperação e implementação, entre outros convidados dos países membros do consórcio, com o principal destaque para o Ministro da Ciência e Tecnologia, Prof. Doutor Daniel Nivagara, que teve a responsabilidade de realizar o lançamento oficial do projecto. No seu discurso, o ministro disse que “esta é uma oportunidade soberana para, em nome do nosso Ministério nos solidarizarmos para com a o Projecto TESA, pois os objetivos perseguidos, a produção de conhecimentos científicos e evidências na pesquisa médica se compadecem de forma complementar com os perseguidos pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES)”.
Ainda segundo o Prof. Dr. Nivagara, “queremos com isso, empregar o nosso saber, tempo e as nossas energias para de forma solidária e conjugada com o vosso esfoço ao abrigo do projecto TESA, colocar a Ciência, a Tecnologia e o Ensino Superior ao serviço da saúde em prol do bem-estar da população. Pois, o Governo de Moçambique, pretende que o nosso Ministério, de forma multidisciplinar e transversal, constitua os alicerces para o incremento da produção científica e a escala nacional, reduzindo a pobreza e promovendo o bem-estar social das nossas populações”.
O projecto TESA, entra assim para a sua terceira fase, sob a liderança da Fundação Manhiça. No seu discurso de abertura, o Presidente da Fundação Manhiça, Dr. Leonardo Simão que é igualmente alto representante da Parceria Europeia e de Países em Desenvolvimento para Ensaios Clínicos (EDCTP) para África (EDCTP) financiadora do consórcio, lamentou o facto de o encontro ser virtual devido ao impacto da pandemia da COVID-19, mas apesar disso, confessou que “a nossa satisfação é ainda maior quando nos apercebemos que, sempre nos reinventamos para criar ambientes saudáveis, na promoção da saúde, dentro dos princípios definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”.
O presidente da Fundação Manhiça, aproveitou a oportunidade para reafirmar que a Fundação Manhiça continuará a envidar esforços, junto dos governos africanos, para fortalecer a cooperação e colaboração de iniciativas semelhantes, porque “acreditamos na utilidade e na eficácia dos projetos perseguidos e, na importância do desenvolvimento da industria farmacêutica no seu todo”.
Ainda no mesmo acto, o Dr. Ilesh Jani, Director do Instituto de Nacional de Saúde em representação do Ministro da Saúde, Prof. Doutor Armindo Tiago, defendeu que ter saúde é sinónimo de riqueza, portanto, “se quisermos combater a pobreza no sentido real, temos na verdade de começar por combater as doenças”. E acrescentou que, “como Governo, incentivamos iniciativas como a da EDCTP com os mais altos padrões exigidos na pesquisa, pois apoiam esforços de criação de capacidades sustentáveis na promoção de pesquisa biomédica em África”.
Para esta fase, o projecto irá contar com 4 pacotes de trabalho, o primeiro está relacionado a gestão e coordenação que será liderada pela FM/CISM, o segundo relacionado a Capacitação e Ensaios Clínicos e que será liderado pela Universidade de Cape Town, o terceiro relacionado a Gestão, Análise e Partilha de Dados liderado pela Stichting Amsterdam Institute for Global Health and Development, e por fim, o quarto pacote relacionado ao Impacto, Comunicação e diálogo de políticas, liderado pela Botswana-Harvard AIDS Institute Partnership.
De salientar que para além da Fundação Manhiça, através do CISM em representação de Moçambique, são igualmente membros o consórcio conta com representantes de Botswana, Zimbabwe, Eswatini, Espanha (Clica aqui para ver a lista completa dos parceiros).
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