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Foto do escritorWanderleia Iris Noa

EMBAIXADA DA ESPANHA CONDECORA Dr. EUSÉBIO MACETE PELOS SEUS FEITOS NO CISM

Atualizado: 21 de out.



Cruz de Oficial de Mérito Civil é atribuída ao Dr. Eusébio Macete, em reconhecimento ao seu trabalho dentro e à frente do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM), tendo sido condecorado pela actual Embaixadora da Espanha, Sua Excelência Teresa Orjales, em uma cerimónia que teve lugar em Maputo, no dia 15 de Outubro.


Este médico de formação dedicou os seus 20 anos de trabalho ao CISM, dos quais 11 como Director Geral, que, segundo a Embaixada de Espanha, “exerceu o seu trabalho com grande eficácia e empenho, permitindo manter uma estreita relação de colaboração com a Embaixada”.


A minha estadia no Centro foi um internamento académico e social do qual me orgulho bastante”, Dr. Eusébio Macete.


O homenageado considera o gesto como um símbolo de reconhecimento a todas as pessoas que trabalham na área de pesquisa em geral, especialmente em saúde. “Somos vários intervenientes nesta área, de vários níveis e esferas do conhecimento, de Moçambique e da Espanha, que tivemos a oportunidade de crescer em termos técnicos, na Manhiça, graças aos governos destes dois países, mas também, graças a comunidade que nos tem ajudado muito no dia-a-dia da pesquisa biomédica. No entanto, somos ainda poucos devido a dimensão dos desafios em saúde que o país enfrenta”, disse Eusébio Macete.


Segundo Macete, actualmente tem tido ensejo de participar em vários fóruns de discussão e decisão técnica em saúde, pois, as duas décadas de trabalho no Centro o expôs ao conhecimento em vários domínios da saúde, especialmente no âmbito da malária. “Mesmo em termos académicos fiz todo o ciclo de pós-graduação com o apoio do CISM”, acrescentou o condecorado.


“Sendo a criação do Centro um dos resultados da implementação do acordo bilateral entre os Governos de Moçambique e Espanha, durante a década 80, foi um privilégio, para nós como técnicos, fazer parte desta colaboração, que representa um modelo partilhado de investigação, formação e desenvolvimento e que levou a criação da Fundação Manhiça, possivelmente uma das únicas envolvendo dois governos no âmbito da pesquisa biomédica”, comentou Macete.


Segundo o Presidente da Fundação Manhiça, Dr. Martinho Dgedge, presente no evento, a medalha outorgada pelos seus feitos em prol da investigação em saúde, é um orgulho para a Fundação e um exemplo para os jovens que queiram abraçar a carreira de investigação na Manhiça e no país para contribuir no desenvolvimento de ferramentas para melhorar a saúde na sociedade.


O CISM é uma das principais instituições de pesquisa biomédicas no país, criada em 1996, e tem como finalidade promover actividades de desenvolvimento técnico-científicas na área de saúde, de modo a melhorar o estado de saúde da população; apostando no desenvolvimento do capital humano nacional, através da formação de investigadores e de outro pessoal técnico.


O Centro nasceu no quadro de um Programa de Cooperação Bilateral entre os Governos de Moçambique e de Espanha, e colaboração entre instituições académicas.


Hoje, o CISM é gerido pela Fundação Manhiça, uma instituição sem fins lucrativos, estabelecida em 2008 pelo Estado Moçambicano e o Reino da Espanha.



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