Antón Leis García, Director da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), visitou no passado dia 20 de Fevereiro, o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), durante aquela que foi a sua primeira visita à Moçambique.
Na ocasião García, acompanhado pela Directora de Cooperação com África e Ásia, Carmen Magariños, pelo Chefe de Departamento de Cooperação com a África Subsaariana, Gonzalo Veja, e pela nova Embaixadora de Espanha em Moçambique, Teresa Orjales, entre outros, teve a oportunidade de visitar um dos 30.295 dos 51.414 agregados enumerados e georeferenciados do distrito de Manhiça para acompanhar as actividades de Vigilância Geográfica e Demográfica levadas a cabo pelo CISM. Visitou ainda o Hospital Distrital de Manhiça, onde é implementado o Sistema de Vigilância de Morbilidade e ocorrem as actividades clínicas dos projectos de pesquisa que contém esta componente, podendo assim perceber a relação entre a pesquisa e a assistência sanitária e seu impacto na melhoria dos sistemas nacionais de saúde. Já no Centro, a delegação pôde conhecer as instalações como o Laboratório e o Centro de Dados e interagir com as equipas de trabalho multidisciplinares responsáveis pela consecução com sucesso dos objectivos do Centro.
O actual Director da AECID, manifestou a sua admiração pelo o que o Centro se tornou, e disse que “a Agência tem vindo a acompanhar com muito orgulho as actividades desenvolvidas pelo CISM, e que esta é uma parceria muito importante para a Cooperação Espanhola, uma parceria entre norte e sul, capaz de mostrar resultados no âmbito de uma pesquisa que se encontra no topo da agenda mundial de saúde global”.
Por outro lado, encorajou aos vários médicos, investigadores espanhóis ali presentes para que prossigam com esta experiência única nas suas vidas, para o desenvolvimento das suas carreiras científicas, uma vez que o CISM acolhe estudantes e médicos residentes de vários países e de diversas especialidades para efetuarem rotações e que muitos investigadores do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) e da Universidade de Barcelona tiveram ou têm a possibilidade de realizar o seu trabalho de campo em Manhiça. Até então o Centro contribuiu para a formação de 20 doutoramentos nacionais, 42 doutoramentos estrangeiros (na sua maioria espanhóis) e 45 mestrados nacionais e 3 estrangeiros.
Por último, García manifestou o compromisso da Agência em apoiar com um possível aumento do valor concedido na última subvenção de estado para o período 2022-2024, e de forma plurianual, e entendendo a necessidade que uma instituição de pesquisa desta envergadura tem de poder contar com mais financiamento para a sua estrutura, irão apoiar ao Centro no processo de busca de diversificação e aumento do financiamento.
Por sua vez, o Presidente da Fundação Manhiça, Dr. Martinho Dgedge, destacou que “a visita a Moçambique e especialmente ao CISM demonstra uma vez mais o compromisso dos dois governos, e que, para a Fundação, a renovação deste compromisso permitirá continuar a investir para o reforço das nossas capacidades, permitindo manter a sua competitividade científica a nível nacional e internacional”.
De referir que a criação do CISM é fruto de um Programa de Cooperação Bilateral entre os Governos de Moçambique e de Espanha pois, o Centro, desenvolveu-se seguindo a orientação de um Programa de Cooperação Bilateral entre ambos Governos.
O governo de Moçambique e o de Espanha a través da AECID têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do CISM desde a sua criação em 1996 até hoje, como principais financiadores da estrutura do CISM. A contribuição sustentável da AECID à estrutura do CISM é essencial para manter a sua competitividade a longo prazo e a apoiar na capacidade do Centro para atrair novos fundos e projectos de pesquisa específicos.
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