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Nercio Machele

CISM DÁ PASSOS PARA CONSTRUÇÃO DE CAPACIDADES DE PRODUÇÃO DE VACINAS NO PAÍS


Prof. Özlem Türeci, co-fundadora e directora médica da BioNTech durante. sua visita à Faculdade de Medicina (UEM)
A Fundação Manhiça junto com o MISAU convidaram a co-fundadora da BioNTech para visitar Moçambique

Desde a sua criação (1996) o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), em parceria com outras instituições de pesquisa do país tem se esforçado em se posicionar como um centro de referência em África para a realização de estudos de elevado rigor científico, que permitiram a realização de vários ensaios clínicos de medicamentos e vacinas para as principais doenças infecciosas que afectam a maioria dos países de baixo e médio rendimento, incluindo Moçambique. É no âmbito desses esforços, que a Fundação Manhiça, entidade gestora do CISM em parceria com o Ministério da Saúde, convidaram a co-fundadora e directora médica da BioNTech, Prof. Özlem Türeci a visitar Moçambique, uma actividade que incluiu a realização de um Seminário, que teve lugar no dia 1 de Dezembro, no Hospital Central de Maputo.


De acordo com o presidente da Fundação Manhiça (FM), Martinho Dgedge, este convite surgiu porque a FM junto com outros parceiros de pesquisa a nível nacional tem o interesse em continuar a participar no desenvolvimento de novas vacinas e na melhoria de capacidades a nível nacional para a sua produção. “E sendo a BioNTech um laboratório mundialmente reconhecido, acreditamos que a sua visita, constitui oportunidade excepcional de partilha de conhecimentos, experiências e para o fomento de colaborações, arranque de parcerias que contribuam para a pesquisa biomédica em Moçambique” comentou.


Prof. Özlem Türeci, visitou igualmente os escritórios do CISM e as actividades de campo do Distrito de Manhiça

De acordo com Özlem Türeci, constituem princípios fundamentais estratégicos da BioNTech, a abordagem multi-tecnológica assente num profundo conhecimento fundamental da biologia, da imunologia e das necessidades médicas; a construção de plataformas inovadoras com a capacidade de produzir múltiplos productos candidatos; a abertura de novas oportunidades de combinação que potenciem modos de ação sinérgicos; a permissão e aceleração à individualização do tratamento, como também, o princípio da descoberta, concepção e desenvolvimento de medicamentos com base na Inteligência Artificial. “Esses princípios, permitiram que a BioNTech ao logo dos anos, liderasse a descoberta de antígenos de câncer, o desenvolvimento de novos candidatos de vacinas baseadas em mRNA e outros tipos de imunoterapias que estão actualmente em desenvolvimento clínico” destactou a Co-Fundadora da BioNTech durante o seminário sobre o programa de saúde global da instituição.

A visita abre boas perspectivas de potenciais colaborações

Por seu turno, o Director Geral do Hospital Central de Maputo (HCM) e Presidente da Comissão Executiva da Fundação Manhiça, Mouzinho Saide, destacou que, sendo a pesquisa parte integrante do funcionamento (assistência, ensino) do HCM, a visita da BioNTech abre boas perspectivas de potenciais colaborações na área de pesquisa e desenvolvimento de novas soluções para os problemas de saúde que irão beneficiar a população do país.


Özlem Türeci é também lider do desenvolvimento clínico do “Projecto Lightspeed” da BioNTech, um esforço bem-sucedido da empresa que desenvolveu e distribuiu em parceria com a farmacêutica Pfizer, uma vacina baseada em mRNA contra a COVID-19, a BNT162b2, uma conquista histórica concluída em menos de um ano. E a BioNTech, é uma empresa (laboratório de biotecnologia) alemã criada em 2008 por Özlem Türeci junto com o seu marido Uğur Şahin, com o objectivo pesquisar terapias experimentais para o tratamento do câncer.

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